Estes trabalhos integram uma série de elementos desenvolvidos a partir da problemática sexo-sociedade na obra de Wilhelm Reich, cujos preceitos visaram romper com o psicologismo estrito assente nos fundamentos Edipianos, tipologia de base Freudiana que ainda nos rege, ampliando a sua actividade para um experimentalismo focalizado na relação corpo/meio e nos exercícios de bio-energia, aliás representados nas figuras, que num equilíbrio precário emergem sobre fundos seminais em bizarras acrobacias.
Esta abordagem, com uma natural economia de meios pretende materializar com desejáveis deambulações semânticas, uma vivência, onde o mais óbvio é um processo de exílio voluntário, no qual o desejo, o pecado e a redenção, selectivamente motores e travões da dinâmica social do indivíduo, inexplicavelmente ou não, se mantêm recorrentes no seu papel de factores de crispação e castração da personalidade apesar das supostas “revoluções” comportamentais de meados do século passado.